Com juros baixos, investimento em imoveis passa a ser boa opção na crise
Sem precedentes na história recente, a pandemia do novo coronavírus provocou uma crise mundial com reflexos severos na economia e na saúde pública. No Brasil, 2020 será lembrado também por outro fato histórico: a taxa Selic definida pelo Banco Central atingiu seu menor patamar (2% ao ano).
Com a queda na taxa básica de juros, financiar um imóvel também ficou mais fácil e o valor da prestação, mais baixo. Isso porque a taxa média de juros do financiamento imobiliário caiu de aproximadamente 12% para 7% ao ano, segundo dados do Banco Central. Uma boa notícia em um país onde a maioria das compras de imóveis é financiada.
De acordo com o presidente do SINDUSCON Joinville, Bruno Cauduro, a queda nas taxas de juros vem favorecendo muito as negociações para aqueles que desejam adquirir um imóvel. “Chegamos a taxas de 7% ao ano, podendo ser de 4,5% em alguns programas habitacionais, o que faz com que as pessoas possam analisar seus planos de investimento. A pandemia fez, inclusive, com que a permanência prolongada em casa levasse as famílias a repensar o tamanho das suas residências”, comenta.
Seja qual for o motivo da aquisição (primeiro imóvel, residência maior ou investimento), o momento se mostra propício, analisa Cauduro. “Vale a pena aproveitar os juros baixos e as prestações atrativas do financiamento. Com as aplicações de renda fixa rendendo menos e considerando a valorização dos empreendimentos e a possibilidade de renda com aluguel, investir em imóveis é uma excelente alternativa”, diz.
Mesmo diante da crise econômica, os financiamentos de imóveis com recursos da poupança tiveram crescimento superior a 30% no primeiro semestre de 2020 em comparação ao mesmo período do ano passado – o que representa mais de 130 mil imóveis financiados por pessoas físicas (a maior alta para o período nos últimos dez anos).
Dados do Banco Central revelam que o volume de financiamentos imobiliários entre os meses de janeiro e junho deste ano ultrapassou R$ 50 bilhões, considerando-se o total financiado por pessoas físicas em todas as linhas de crédito (SBPE, FTGS, Minha Casa Minha Vida e Sistema Financeiro Imobiliário).