Lançamento de imóveis residenciais bate recorde em Joinville
Entre julho e setembro foram lançados 13 empreendimentos verticais na cidade, o maior número registrado em um trimestre desde 2016. As vendas cresceram 91% em relação ao segundo trimestre do ano
O desempenho da indústria da construção civil e do mercado imobiliário bateu recordes em Joinville no terceiro trimestre deste ano. Entre julho e setembro, foram lançados 13 empreendimentos residenciais verticais na cidade, o maior número registrado em um único trimestre desde o início da série histórica, em 2016. O dado faz parte do Perfil Imobiliário feito pela Brain Inteligência Estratégica com exclusividade para o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Joinville (SINDUSCON).
O VGV (valor geral de vendas) lançado no terceiro trimestre deste ano, em Joinville, saltou 173% se comparado ao mesmo período do ano passado. Em número de unidades residenciais verticais, o aumento foi de 137%. No período, 659 apartamentos foram lançados na cidade.
Nas vendas, houve um aumento de 91% na comparação entre o segundo e o terceiro trimestres deste ano (319 unidades vendidas para 609, respectivamente). Foram fechados negócios em todos os perfis de imóveis. Os apartamentos no padrão econômico, standard e médio, juntos, somaram 83% das vendas no terceiro trimestre, sendo que 51% das unidades vendidas têm entre 70m2 e 150 m2. Em VGV vendido, houve um aumento de 120% no mercado residencial vertical em relação ao período anterior (2° trimestre/2020).
“O terceiro trimestre trouxe para Joinville um resultado positivo. O aumento dos lançamentos no período, por causa dos adiamentos no início do ano ocasionados pela chegada da pandemia do Covid-19, foi em perspectiva com o aumento das vendas, equilibrando o estoque imobiliário da cidade. A demanda reprimida resultou em um aumento do preço médio do metro quadrado”, explica Fábio Tadeu Araújo, economista e sócio-diretor da Brain.
Em relação aos últimos 12 meses, o preço do metro quadrado privativo subiu 7% em Joinville. De acordo com o presidente do SINDUSCON, Bruno Cauduro, uma boa valorização para investidores, já que o percentual ficou acima da inflação. “Ainda que represente um aumento, podemos dizer que a situação é favorável também para o consumidor, já que o índice ficou drasticamente abaixo da alta registrada nos preços de insumos da construção civil. O aumento médio da matéria-prima foi de 60% nos últimos 12 meses no Brasil”, diz o empresário.
O estoque de imóveis residenciais verticais na cidade caiu cerca de 10% em relação ao terceiro trimestre de 2019, sendo que 75% do estoque atual é representado por unidades na planta ou em construção. Até setembro, segundo levantamento da consultoria, Joinville contava com pouco mais de 1,6 mil unidades disponíveis – quase 60% no padrão standard (com valores entre o teto do MCMV e R$ 400 mil) e médio (R$ 400 mil a R$ 700 mil).
“Felizmente, a construção civil conseguiu se adaptar rapidamente à crise e fatores como a queda histórica na taxa de juros do financiamento imobiliário permitiram a retomada dos negócios. O setor vem reagindo bem e, ao lado do agronegócio, foi o único com saldo positivo na geração de empregos no país. Esses números mostram que estamos no caminho certo”, finaliza o presidente do SINDUSCON, Bruno Cauduro.
Em setembro, o setor da construção civil criou 142 novas vagas de emprego com carteira assinada em Joinville, somando 7.269 trabalhadores formais na cidade. Em Santa Catarina, são mais de 105 mil profissionais atuando formalmente e, no país, o saldo positivo de empregos foi de 102 mil novas vagas apenas em setembro.
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